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    Vários tipos de alimentação

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    Mensagem por (fjcb) Qui Fev 18, 2010 6:03 pm

    Tipos de alimento

    Temos uma grande diversidade de alimentos ao nosso alcance para darmos aos nossos guppies, no entanto vou subdividi-los em quatro grupos, alimentos secos, congelados, patés e comida viva.

    Os alimentos secos quer sejam flocos ou granulados fornecem importantes vitaminas e também matéria vegetal sendo um suporte muito importante na alimentação dos guppies.

    Temos também os alimentos congelados que são uma boa alternativa para quem não tem acesso aos alimentos vivos uma vez que estes preservam grande parte das qualidades nutricionais do alimento vivo.

    Outro tipo de alimentos, são os alimentos vivos que são considerados uma boa opção pois são encarados como as melhores formas de nutrição. No entanto, os peixes não devem ser alimentados apenas com comida viva, é importante variar o mais possível e apenas alimentos vivos podem levar os peixes a um estado de obesidade. A comida viva pode ser criada em casa e tem como vantagem o facto de não nos custar dinheiro se for iniciada a partir de uma cultura de arranque. Vou dar apenas alguns exemplos de alimentos que podem ser criados para os guppies:


    Microvermes – Constituem um excelente alimento para peixes mais jovens, também serão aceites pelos adultos mas devido ao seu tamanho (2/3mm) não é o suficiente para alimentar um peixe adulto. Para criar microvermes é necessário uma cultura de arranque, depois basta comprar flocos de aveia e triturá-los na picadora. Misturam-se os flocos com água até ficarem com uma consistência parecida com a do mel (nem muito líquido nem muito sólido) e coloca-se a mistura numa caixa. A mistura deve ter 1/2cm de altura e a caixa deve ter pequenos furos na tampa, depois basta misturar a cultura de arranque (uma colher seria mais que suficiente para iniciar uma cultura). Quando os microvermes começarem a subir pelas paredes da caixa basta raspá-los (com um pincel por exemplo) e dá-los aos peixes, é importante destapar varias vezes a cultura de modo a que os gases gerados pela fermentação da aveia possam ser expulsos. Sempre que a cultura começar a ficar muito seca deve ser adicionada água para voltar á consistência inicial e quando ela começar a ficar escura e a cheirar mal basta fazer uma nova cultura e por uma colher de chá da cultura antiga. Se os microvermes forem mantidos a temperaturas mais altas (por exemplo em cima da calha do aquário) irão reproduzir-se mais e subir mais depressa pelas paredes da caixa.


    Tenébrios do amendoim – basta mantê-los numa caixa com uns furos na tampa e com o fundo da caixa coberto de amendoins. Os amendoins devem ser crus e não torados, devendo ser descascados. Os tenébrios do amendoim são facilmente confundidos com os tenébrios molitor, no entanto uma grande diferença reside no tamanho das larvas que é sensivelmente maior no tenebrio molitor. Os peixes devem apenas serem alimentados com as suas larvas e não com os besouros. As larvas constituem uma boa fonte de alimento pois para além de serem muito nutritivas, ricas em hidratos de carbono, proteínas, vitaminas e lípidos, também têm um tamanho relativamente bom para alimentar os peixes podendo crescer até aos 12mm de comprimento. É importante utilizar as larvas apenas como alimento complementar uma vez que estas são muito ricas em gorduras conduzindo facilmente o peixe à obesidade. Outra vantagem deste alimento é o facto de a sua taxa de fertilidade ser muito elevada, cada besouro pode pôr até 500 ovos.


    Tenébrio molitor – também são conhecidos como bicho-da-farinha, para os criar basta arranjar uma cultura de arranque e colocá-los numa caixa com furos na tampa. Nessa caixa o fundo deve ser coberto com farelos de trigo com 15cm de espessura no máximo, para alimentar os tenébrios pode-se utilizar rodelas de batata ou outros pedaços de fruta e vegetais que devem ser mudados de 2 em 2 dias. Estes bichos são também muito conhecidos pela sua grande capacidade de se reproduzirem podendo cada um produzir entre 500 a 1000 ovos que eclodem cerca de 15 dias mais tarde. Como já foi referido as suas larvas são ligeiramente maiores que as do tenébrio do amendoim rondando os 2,5/3cm. Estas larvas apresentam um teor em proteínas de aproximadamente 24%.

    Larvas de mosquito - basta deixar um balde com água envelhecida ao ar livre que os mosquitos irão pôr lá os seus ovos aparecendo mais tarde as larvas na água. Depois basta apenas apanhar as larvas com uma rede fina. É uma fonte de alimento muito simples, contudo é difícil conseguir quantidades razoáveis para alimentar vários peixes e há sempre o risco de trazerem parasitas ou algumas bactérias que possam prejudicar a saúde dos peixes.

    Enquitreias – Estes pequenos vermes brancos que podem atingir um tamanho de cerca d 2cm são muito ricos em vitamina A, D e E contendo também proteínas e hidratos de carbono. Para criar estes vermes é necessário ter uma caixa com furos na tampa e com substrato que pode ser por exemplo carvão activado que pode também ter húmus de minhoca ou folhas em decomposição para o tornar mais rico. O solo escolhido deve ser bem humedecido, depois pode-se colocar a cultura de arranque na caixa. Para as alimentar basta por na superfície do solo batatas esmagadas, pão molhado em leite, aveia ou ração para cães ou gatos. A cultura deve ser deixada num local fresco e húmido preferencialmente com pouca luz, mais tarde as enquitreias, à medida que se reproduzem vão se acumulando à superfície. Para as apanhar há quem ponha um vidro na cultura e depois o retire quando estiver coberto de vermes.

    Vermes de Grindal – Em adultos atingem 1cm de comprimento, são muito ricos em proteínas e lípidos. Para criar estes pequenos vermes é necessária uma caixa com turfa bem húmida no fundo, para servir de alimento podem-se colocar biscoitos de cão. Depois de colocada a cultura de arranque põe-se um vidro por cima dos biscoitos para que a recolha dos vermes de Grindal seja mais fácil. Quando o vidro estiver cheio de vermes a recolha pode ser feita com um pincel, por exemplo. São muito bons para alimentação de alevins.

    Artémia Salina – São pequenos crustáceos que sobrevivem águas com enormes concentrações de sal. A artémia é vendida na forma de ovos secos que podem mais tarde ser eclodidos. Os náuplios de artémia são extremamente nutritivos e são especialmente aconselhados para peixes com pouco tempo de vida. Não vou explicar como se eclode a artémia porque existe imensa informação acerca do assunto e no final vou deixar alguns links sobre o assunto.

    Dáfnias - existem várias espécies de dáfnias que também são conhecidas como pulga de água. Falando na minha experiência pessoal, eu já criei dáfnias em frascos de 1l que punha à janela até ficarem com a água esverdeada, depois passei para recipientes de 5l onde tive mais sucesso pois as culturas que tinha em apenas um litro de água não se reproduziam a uma velocidade suficiente para alimentar os meus peixes. Mais recentemente comecei a criar dáfnias num tanque de aproximadamente 1000l que tenho no exterior. Não as alimento, elas alimentam-se de organismos mais pequenos principalmente algas e infusórios, no entanto como me deparei com o facto de muita gente não conseguir criar dáfnias em casa, fiz uma pesquisa e encontrei outros métodos para as criar.
    Um deles consiste em colocar uma porção de terra de jardim misturada com o equivalente a um quinto dessa porção de estrume num balde ou outro recipiente. Deitam-se alguns litros de água envelhecida/verde por cima e passados 3 dias côa-se essa água com um pano, depois é só misturar com água limpa (numa quantidade 4 vezes maior que a da água coada) e passadas umas horas adicionar a cultura de dáfnias.
    Outras substâncias que também tenham sucesso na alimentação das dáfnias são fermento, folhas de alface, leite em pó, sangue seco, levedura de cerveja em pó, açúcar e comprimidos de vitamina B. Como já tinha referido nunca foi necessário utilizar nenhum destes métodos por isso não me posso pronunciar acerca da sua eficácia.

    Infusórios – Alimento muito bom para os alevins. Para conseguir uma cultura basta colocar por exemplo folhas de vegetais (espinafres, alface, couve, etc) em água verde. O importante é utilizar matérias orgânicas de rápida decomposição, a casca de banana também é muito utilizada, e para acelerar o processo de decomposição pode-se deitar água a ferver por cima da matéria vegetal utilizada. Passados alguns dias essa água pode ser deitada no aquário dos alevins.


    Minhocas – é conveniente apanhar minhocas de menores dimensões pois quanto maiores forem mais duras serão, este excelente alimento pode ser dado migado ou feito em polpa aos guppies havendo mesmo quem as congele. Para apanhar as minhocas basta cavar na terra húmida ou então deitar na terra uma solução de permanganato de potássio ou mostarda e água pois isso as irá trazer à superfície. As minhocas podem também ser conservadas em caixas com terra húmida. São consideradas uma boa fonte de alimento para aumentar as taxas de fertilidade, no entanto não devem ser dadas em quantidades excessivas porque estas são muito ricas em gordura.

    Para fazer uma papa com minhocas congeladas basta esmagá-las e depois adicionar gelatina sem sabor antes de colocar a papa no congelador.


    Por: Marta Silva

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